O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou ser favorável a uma discussão pública sobre a descriminalização do uso de drogas. "O assunto precisa ser colocado para a sociedade", declarou na semana passada.
Contrário à descriminalização, o presidente da seccional São Paulo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Luiz Flávio Borges D'Urso, afirma que muitos se afastam do consumo justamente por ser um crime. Ele ainda defende a intensificação das campanhas de prevenção.
Contrapondo D´Urso, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) ressalta que a atual proibição ajuda a formar um negócio violento e armado. "Esse mercado capitalizado impede a ação do setor público e o endereçamento de uma política de saúde correta".
Já o deputado federal Jefferson Campos (PSB-SP) concorda com a posição do líder da OAB-SP e diz que o poder público é apático no que diz respeito à recuperação dos usuários. "Não vemos o mesmo interesse para recuperar quem entrou neste caminho".
Paulo Borges, professor de direito penal da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca, diz que só uma mudança na lei obrigaria o Estado a agir de forma mais incisiva em relação aos dependentes.
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